Por Aibes em 22/01/2025
O AGRONEGÓCIO E SUA INFLUÊNCIA DIRETA COM O ATUAL CENÁRIO DO MERCADO DE TRABALHO

A economia brasileira tem gritado pela melhora em números e em qualidade do mercado de trabalho, vislumbrando um cenário social com mais empregos e uma melhor remuneração, com o intuito de diminuir assim a desigualdade e consequentemente a pobreza do país. 

Grande parte dessa expectativa tem se concentrado no agronegócio, por ser uma área impulsionadora da economia brasileira, pois mesmo diante do atual cenário político social do país (que tem apresentado índices de baixíssimo crescimento), seus números têm sido expressivos, seja em volume e valor da produção ou no superávit das exportações, razão pela qual interessa aprofundar a análise de seu impacto no mercado de trabalho.

Ao analisar o crescimento do nosso país nas últimas décadas, vimos que, em média por ano houve um crescimento do PIB de apenas 0,4%, enquanto o restante do mundo esteve crescendo em média 3 a 3,4% ao ano. Contrariando esses índices, ao avaliar a produção média do setor do agronegócio nessas mesmas referências, chegamos a um percentual de incremento de em média 81%, o que conclui o quão impactante esse setor tem sido na economia brasileira, justificando assim o aumento de expectativa para esse setor ser o impulsionador de melhores condições de mercado de trabalho. 

Verificamos que o crescimento da produção agrícola, em que pese não tenha aumentado muito em números a oferta de empregos nessa última década, houve uma significativa mudança na sua FORMA de contratar, saindo da contratação informal e melhorando na qualidade dos postos de trabalho oferecidos dentro da propriedade rural.

 Tal impacto pôde ser comprovado ao se observar a expansão de aproximadamente 6,8% de empregos formais no setor do agronegócio desde o último trimestre de 2023 até o último trimestre de 2024, sendo que todos esses novos postos de trabalho estão em total consonância com a legislação trabalhista. 

Esse movimento de formalização dentro da porteira das sedes se deve à necessidade do produtor em formalizar a sua atividade rural como um todo, garantindo assim melhores resultados em suas produções. A melhor e mais direta consequência dessa mudança foi o aumento médio da remuneração nesses postos de trabalhos formais criados dentro das propriedades rurais, gerando um superávit médio de 12,6% da remuneração dos trabalhadores do agronegócio.

 Para se ter uma noção mais aprofundada do impacto positivo disso, à título de curiosidade, nesse mesmo período a remuneração média no Brasil em outros setores cresceu somente em 4,3%.

Sendo assim, concluímos que, com essa modificação dos produtores na forma de contratar os trabalhadores do agro, houveram somente impactos positivos, pois com o ganho de produtividade do seu negócio, também foi possível viabilizar a sua sustentabilidade (social, ambiental e econômica), fundeando a sua competitividade, permitindo a manutenção e ampliação de sua participação inclusive no mercado agrícola internacional.

Agora podemos enxergar que com essa produtividade exponencial no agronegócio, boa parte devido à formalização da mão-de-obra, garantindo assim uma melhoria na prestação dos serviços, o produtor tende a se concentrar também em uma melhoria social na cultura de sua atividade, ampliando seus horizontes para mais investimentos em educação, treinamento, automação, digitalização e até mesmo robotização de algumas tarefas, pois a receita tem dado muito certo, ou seja, as projeções têm apontado que, em que pese não haja um aumento expressivo em números somente dos postos de trabalho, estes quando disponíveis, tendem a ser bem mais atrativos, devido aos investimentos em treinamentos e capacitação, garantindo assim uma melhor qualificação dos trabalhadores contratados e consequentemente com uma melhor remuneração. 

Em resumo, o agronegócio atualmente não deseja somente empregar, mas sim em empregar bem, garantindo assim não só um aumento na produtividade de suas atividades, mas também em um crescimento real do seu colaborador, tanto no aspecto financeiro e intelectual.

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